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IFSP completa 107 anos em 23 de setembro de 2016

Publicado: Sexta, 23 de Setembro de 2016, 12h31 | Última atualização em Sábado, 24 de Setembro de 2016, 15h46 | Acessos: 1526

No dia 23 de setembro, o IFSP completa 107 anos. A história do Instituto começou em 1909, quando o então presidente da república, Nilo Peçanha, decretou a criação do ensino industrial no Brasil. Desde então, lá se vão quase 11 décadas ofertando ensino técnico gratuito e de qualidade.

O atual IFSP nasceu Escola de Aprendizes Artífices, em um prédio no bairro de Santa Cecilia, na região central da capital paulista. Começou com 135 alunos matriculados em cursos de tornearia, mecânica e eletricidade e em oficinas voltadas para o artesanato.

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Nesses 107 anos foi também Escola Técnica Federal (ETFSP) e Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet). Por aqui passaram alunos ilustres, como o atleta bicampeão olímpico Adhemar Ferreira da Silva, que sempre lembrava com carinho do local onde estudou. “A escola atendia alunos pobres, em período integral... Aqui ganhei minhas duas primeiras medalhas: jogo de peteca e revezamento em corrida”, contou em entrevista para a exposição “Homem & Técnica”, em 1986.

A atual configuração veio em 2008, quando o Cefet se transformou em Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. A partir daí, a estrutura, que até então contava com um prédio instalado na região da Armênia (atual Câmpus São Paulo) e poucas unidades descentralizadas, expandiu-se para diversos munícipios do estado. 

Hoje o IF de São Paulo é o maior de todo o Brasil, oferecendo cursos técnicos e superiores nas mais diversas áreas, em 37 unidades. Atualmente tem mais de 37 mil alunos matriculados e mais de 4.200 servidores. 

Escola de gente

O aluno do curso técnico integrado em Eletrotécnica Gabriel Vinícius Lima Cordeiro veio estudar no IFSP incentivado pelo pai, que há muito tempo fez aqui um curso, sem concluir. 

Hoje com 16 anos, Gabriel saiu de uma escola pública estadual para ingressar no Instituto em 2015. Ele considera que a experiência tem sido diferente: “curso integrado, nova visão do mercado de trabalho e também do cotidiano”, tenta definir. Segundo o estudante, aqui ele fez novos amigos e tem tido a oportunidade de se comunicar com pessoas experientes.

Para o IFSP, Gabriel é só elogios: “a escola é muito boa, tem uma área grande, professores qualificados, espaço para pesquisa”. Além disso, ele chama a atenção para outros pontos positivos, entre os quais a presença de grêmios estudantis, a abertura para o diálogo, a formação crítica e a possibilidade de interagir e fazer projetos com alunos de outros cursos.

No futuro o estudante pretende fazer uma faculdade, mas ainda não definiu o que pretende cursar. Por enquanto quer mesmo é explorar as possibilidades que o IFSP tem lhe proporcionado.

Assim como Gabriel, José Eduardo Nogueira Villela entrou no Instituto para fazer um curso técnico, só que em outra área, numa outra época, quando a escola ainda se chamava ETFSP, em 1966. Na memória de Villela, que fez o curso técnico em Mecânica, há a lembrança de máquinas e equipamentos sendo adquiridos e dos professores atuando nos laboratórios e nas oficinas. Em comum, Gabriel e Villela parecem ter o apreço pela instituição, e a concordância sobre o que parece sempre ter sido a vocação da escola: formar gente. “Já no passado havia o interesse em formar o cidadão crítico e consciente de seus deveres, e preparado para ingressar no mercado de trabalho e na universidade”, relembra o ex-aluno.

Depois de formado, Villela voltou à Federal como professor de Desenho. Comprometido com a educação profissional técnica e tecnológica, lecionou geometria descritiva, desenho assistido por computador, desenho técnico e desenho mecânico aos estudantes dos cursos de Tecnologia em Automação Industrial, Gestão da Produção Industrial e Engenharia de Produção do Câmpus São Paulo até se aposentar.

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